Apoio para amplificar minha escuta e agir (ou não agir)!

Peço ajuda: preciso de apoio para amplificar minha escuta e agir (ou não agir) numa próxima vez!
Bom, eu estava na lanchonete de uma parada de ônibus na hora do almoço. Ao meu lado se sentou uma família que me pareceu ser o pai, a mãe e um casal de gêmeos de aproximadamente 4 anos. A mãe abre uma garrafa grande de coca-cola diet e começa a servir os filhos. O pai dá um kibe de carne animal para o menino e a mãe serve uma coxinha de galinha para a menina. Nesse momento não consigo tirar os olhos esbugalhados da cena. Tenho vontade de levantar e ensaio minha fala. Minha ansiedade aumenta. Olho para meu prato e vejo salada e água de coco em caixinha. Minha raiva aumenta: “porra, tem opção aqui!”. Lembro dos meus filhos que tomam coca e comem essas coisas de vez em quando por aí, mesmo com tanta repetição desse texto em casa e mesmo que eu nunca tenha oferecido para eles. Tenho mais 5 minutos antes que o ônibus parta. Não tenho ponte alguma com essa família. Sinto impotência e frustração. Observo que o homem e a mulher também estão bebendo o líquido venenoso e comendo salgadinhos tóxicos. 

Não me acho uma supra-sumo da coerência alimentar e de saúde, ainda que há 25 anos me vejo engajada com a busca de consciência, e cuidar da alimentação vem sendo um pilar nesse caminho. Mesmo assim, o câncer passou por mim ano passado e um portal de consciência emergiu com mais força me impulsionando para um ativismo mais claro.

O que tenho pra dizer que está pulando pra sair é: “Querida mamãe e querido papai, eu imagino o quanto vcs amam seus filhos e querem o melhor pra eles. Pressuponho que vocês cuidam da nutrição das crianças no dia-a-dia. Só que esse líquido preto é um dos mais venenosos do planeta e esses salgadinhos deixam seus filhos desnutridos e intoxicados. Se você ama seus filhos ofereça outros alimentos que tragam vitalidade pra eles. Aqui nessa lanchonete há opções...” Vixe, imagino o clima na mesa... a coxinha vai fritar lá dentro. Melhor não falar nada. Ansiedade com frustração crescem em mim. Preciso sair da lanchonete naquele momento para partir. Vejo na minha tela mental essa cena acontecendo de novo e em breve.

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Jogo para a rede a aflição esperando companhia nessa reflexão: quero escutar como ressoa essa questão e receber escuta para ampliar minha ação ao encaminhar essa tensão interna, contribuindo ao mesmo tempo para que a consciência que tenho sobre as escolhas alimentares saudáveis possa chegar numa trilha o mais não-violenta possível, já que o outro lado não está me pedindo nada e parece confortável com o que come/bebe?? 
Fabi Maia - 22/05/2017

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