"Como evoluir de forma mais acentuada na conexão empática?"
Recebi essa pérola de pergunta de um querido que me assistiu no ENAC e compartilho a resposta de hoje para essa imensidão de pergunta!
P: "Como evoluir de forma mais acentuada na conexão empática?"
R: "Bom, essa resposta dá um curso de umas 100 horas e mais umas 2000 de práticas…rs! Mas vamos aos pontos essenciais:
1. todo sentimento - raiva, medo, tristeza, alegria, etc…são seus, são legítimos e funcionam como uma fumaça que avisa que tem fogo (metáfora que adoro e aprendi com Dominic Barter)! Não tem sentimento ruim…vc pode sentir um desconforto, um mal estar que te diz que algo não está nutrindo a vida, cuidando de vc! Observar, reconhecer, escutar, aceitar e dialogar com seus sentimentos durante todo o dia é uma boa prática para começar. O corpo dá toda a dica, indica com clareza as pistas dos sentimentos (batimento cardíaco, respiração, temperatura, vontade de sair correndo, de gritar ou de ficar e abraçar).
2. Quando sinto algo maravilhoso, alegria, satisfação... logo me pergunto: Fabi, vc está celebrando o quê nesse momento? Quando sinto emergir um desconforto, os pensamentos ficam acelerados e fico procurando alguém para responsabilizar pelo o que estou sentindo, me pergunto: estou sentindo realmente o que agora? e em seguida: Fabi do que vc está precisando agora que não está se manifestando? Assim me direciono para o campo das necessidades, dos valores, do que é essencial à vida e comum à todos nós. Lá escolho uma, duas, três necessidades que se estivessem presentes minha vida voltaria ao fluxo…da vida!
3. Pode ser que eu esteja tão confusa, com tantos pensamentos, sentimentos, dores, julgamentos, culpas e desculpas nublando minha “visão” que eu precise de uma escuta empática de alguém da minha rede de apoio - alguém que esteja disposto a me escutar e me apoiar a ver e ouvir além desse barulho interno.
4. Escuta, escuta e mais escuta com bastante respiração vai trazendo minha mente tão viciada em encontrar um culpado, tão condicionada em julgar e condenar, para uma abertura genuína, para ver e ouvir além e assim vou me vulnerabilizando, entrando em contato com o que pulsa de verdade e que estava escondido atrás das armaduras criadas ao longo de toda a existência. Quantas vezes já experimentamos o perigo de falar a verdade e as dores das punições de ser autêntico e desafiar a lógica do poder estrutural (que por sua vez vêm de milênios de uma cultura baseada em vítima X vilão, em ganha X perde)? Pois assim, criamos essas couraças, para nos defender das punições e sobreviver no mundo cão!
5. Essa escuta para mim desperta para a escuta do outro que está na minha frente até o ponto em que escuto “isso” que acontece entre nós dois (no caso das relações interpessoais). É como se fosse um músculo que até então eu sabia que existia e estava atrofiado. Quando começo a “malhar” esse músculo, praticando essa escuta que abandona o certo e o errado, que legitima que o outro fez aquilo porque era o que cuidava da vida naquele momento (por mais que tivesse consequências trágicas) um espaço inédito de conexão se manifesta - talvez essa seja a tal da conexão empática!!!.
6. Nessa trilha vou criando clareza dos pedidos que quero articular para mim e para os que me cercam, confiando que os outros estão interessados no meu bem- estar e que juntos podemos pensar em estratégias que contemplem integralmente a todos. Se tiver algum perdedor na história, todos perderemos - essa é uma das crenças essenciais aqui!
7. O diálogo, a conexão pressupõe que eu cheque com o outro como ele escutou o que eu expressei… e assim vamos limpando aquilo que machuca, que gera afastamento, que é ouvido como um julgamento, até sentir aquele calor gostoso que flui naturalmente, aquela vontade de ficar ali com o outro mesmo que sem palavras.
8. Só a prática fortalece esse músculo, André! Quem sabe você escolhe uma pessoa que representa uma relação desafiadora para você e como num laboratório, comece a observar com mais atenção o que sente, o que precisa e que pedidos faria a ela? Talvez seja bom ter um parceiro para te escutar e com quem possa trocar para que a conexão possa caminhar no sentido em que o placar vire ganha-ganha.
1. todo sentimento - raiva, medo, tristeza, alegria, etc…são seus, são legítimos e funcionam como uma fumaça que avisa que tem fogo (metáfora que adoro e aprendi com Dominic Barter)! Não tem sentimento ruim…vc pode sentir um desconforto, um mal estar que te diz que algo não está nutrindo a vida, cuidando de vc! Observar, reconhecer, escutar, aceitar e dialogar com seus sentimentos durante todo o dia é uma boa prática para começar. O corpo dá toda a dica, indica com clareza as pistas dos sentimentos (batimento cardíaco, respiração, temperatura, vontade de sair correndo, de gritar ou de ficar e abraçar).
2. Quando sinto algo maravilhoso, alegria, satisfação... logo me pergunto: Fabi, vc está celebrando o quê nesse momento? Quando sinto emergir um desconforto, os pensamentos ficam acelerados e fico procurando alguém para responsabilizar pelo o que estou sentindo, me pergunto: estou sentindo realmente o que agora? e em seguida: Fabi do que vc está precisando agora que não está se manifestando? Assim me direciono para o campo das necessidades, dos valores, do que é essencial à vida e comum à todos nós. Lá escolho uma, duas, três necessidades que se estivessem presentes minha vida voltaria ao fluxo…da vida!
3. Pode ser que eu esteja tão confusa, com tantos pensamentos, sentimentos, dores, julgamentos, culpas e desculpas nublando minha “visão” que eu precise de uma escuta empática de alguém da minha rede de apoio - alguém que esteja disposto a me escutar e me apoiar a ver e ouvir além desse barulho interno.
4. Escuta, escuta e mais escuta com bastante respiração vai trazendo minha mente tão viciada em encontrar um culpado, tão condicionada em julgar e condenar, para uma abertura genuína, para ver e ouvir além e assim vou me vulnerabilizando, entrando em contato com o que pulsa de verdade e que estava escondido atrás das armaduras criadas ao longo de toda a existência. Quantas vezes já experimentamos o perigo de falar a verdade e as dores das punições de ser autêntico e desafiar a lógica do poder estrutural (que por sua vez vêm de milênios de uma cultura baseada em vítima X vilão, em ganha X perde)? Pois assim, criamos essas couraças, para nos defender das punições e sobreviver no mundo cão!
5. Essa escuta para mim desperta para a escuta do outro que está na minha frente até o ponto em que escuto “isso” que acontece entre nós dois (no caso das relações interpessoais). É como se fosse um músculo que até então eu sabia que existia e estava atrofiado. Quando começo a “malhar” esse músculo, praticando essa escuta que abandona o certo e o errado, que legitima que o outro fez aquilo porque era o que cuidava da vida naquele momento (por mais que tivesse consequências trágicas) um espaço inédito de conexão se manifesta - talvez essa seja a tal da conexão empática!!!.
6. Nessa trilha vou criando clareza dos pedidos que quero articular para mim e para os que me cercam, confiando que os outros estão interessados no meu bem- estar e que juntos podemos pensar em estratégias que contemplem integralmente a todos. Se tiver algum perdedor na história, todos perderemos - essa é uma das crenças essenciais aqui!
7. O diálogo, a conexão pressupõe que eu cheque com o outro como ele escutou o que eu expressei… e assim vamos limpando aquilo que machuca, que gera afastamento, que é ouvido como um julgamento, até sentir aquele calor gostoso que flui naturalmente, aquela vontade de ficar ali com o outro mesmo que sem palavras.
8. Só a prática fortalece esse músculo, André! Quem sabe você escolhe uma pessoa que representa uma relação desafiadora para você e como num laboratório, comece a observar com mais atenção o que sente, o que precisa e que pedidos faria a ela? Talvez seja bom ter um parceiro para te escutar e com quem possa trocar para que a conexão possa caminhar no sentido em que o placar vire ganha-ganha.
Como vc está se sentindo agora??
Espero ter dado uma luz!
seguimos nas conexões
abraços empáticos
Fabi"
Espero ter dado uma luz!
seguimos nas conexões
abraços empáticos
Fabi"
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